30 Apr
2024

Cultura Digital Educacional

Luciane Maria Jayme Biancardi
Autor: Luciane Maria Jayme Biancardi
Conteúdo: Educação 30 April, 2024
Cultura Digital Educacional

Motivo para ação na Cultura Digital Educacional: um desafio para alunos nativos e imigrantes digitais

 Profª. Ms. Luciane Maria Jayme Biancardi

Ao longo das últimas décadas, em uma trajetória através de mais de cem municípios através de mais de oitocentas palestras/capacitações, muitas vezes, deparamo-nos com comentários sobre o desafio referente ao desinteresse dos alunos, a falta de motivação que invade o quadro discente, acredito que conceitualmente ninguém motiva ninguém. Motivação é algo que acontece de dentro para fora, portanto, torna-se difícil acreditar que podemos promover motivação em nossos alunos.

Cabe-nos, portanto, criar situações em que verdadeiramente possamos ser motivadores no processo de aprendizagem; que possamos servir de pontes para que aconteçam situações em que o aluno seja o protagonista.

Ao questionarmo-nos sobre a rapidez na mudança de perfil de nossos alunos e o quanto a escola tem que mudar para atender de maneira eficiente e eficaz o quadro discente, verificamos que estamos diante de uma geração digital, nossos alunos são nativos digitais.

Nessas últimas décadas muita coisa mudou ou deveria ter mudado: a legislação educacional, a maneira como prepararmos nossas “aulas” (conceito já derrubado), a maneira de desenvolvermos nossas práticas didático pedagógicas, a maneira com que e como nos comunicamos junto aos nossos alunos e com a comunidade escolar de maneira geral, etc. Assim, muitos de nós carregamos, desde nossas formações, conceitos de “outros tempos”.

O aluno de hoje, independentemente do ano/série que se encontra, é um aluno digital, enquanto muitos de nós, estamos ainda buscando “avanços” no domínio dessas ferramentas, somos classificados como imigrantes digitais.

Na era digital em que vivemos, em que a tecnologia permeia todos os aspectos de nossas vidas, a educação enfrenta esse desafio: motivar os nativos e imigrantes digitais a avançarem. Acompanhando as mudanças rápidas e constantes, é necessário compreender os motivos por trás das ações dos estudantes e como eles podem ser influenciados pela tecnologia. É necessário que façamos uma reflexão sobre o motivo para ação digital na educação, destacando a importância de entender e engajar tanto os nativos quanto os imigrantes digitais, afinal, temos como direito aquirido a necessidade de desenvolvermos a quinta (dentre dez) competência da Base Nacional Comum Curricular - Cultura Digital: que busca desenvolver a capacidade dos alunos de compreender e utilizar as tecnologias digitais de forma crítica, ética e segura, além de explorar suas potencialidades como ferramentas para criar, colaborar, comunicar e resolver problemas. No entanto, ninguém dá o que não tem, portanto, o docente também necessita construir essa competência.Na busca por construir essa competência objetiva-se que aprendam a utilizar recursos digitais para buscar informações, analisar e selecionar dados, produzir e compartilhar conhecimentos, participar de redes colaborativas, interagir de forma respeitosa nos ambientes virtuais, entender a importância da privacidade e segurança na internet, refletir sobre as influências e implicações das tecnologias digitais na sociedade.

Tudo isso também precisa acontecer de maneira concomitante a BNCC.

O desenvolvimento da cultura digital contribui para a formação de cidadãos mais críticos, participativos e conscientes do seu papel na sociedade.

É importante que as escolas sejam ambientes em que proporcionem oportunidades (a todos os atores envolvidos no processo de escolarização), para que desenvolvam habilidades e atitudes como a capacidade de buscar informações confiáveis, analisar criticamente conteúdos digitais, utilizar as tecnologias para colaborar e resolver problemas, respeitar a diversidade de opiniões e participar ativamente dos debates e decisões na sociedade.Segundo Ken Robinson, "cabe ao educador proporcionar experiências educacionais significativas que motivem os alunos a aprenderem, não apenas para obter uma nota, mas para adquirir conhecimento e aplicá-lo em suas vidas".

Parafraseando um querido amigo, professor José Pacheco, da Escola da Ponta – Portugal: “escola são pessoas”, existe a difícil missão de preparar os alunos para a vida. Portanto, é preciso uma comunicação eficiente e eficaz para com os alunos (nativos digitais).

Para engajar nativos e imigrantes digitais, é crucial pensar além das aulas tradicionais baseadas em conteúdos meramente teóricos. Os estudantes devem ser incentivados a buscar conhecimento de forma ativa, com uma abordagem centrada em aprendizagem. Dessa forma, eles serão motivados a aprender e aplicar o que aprenderam em suas vidas cotidianas.

Na frase de Marc Prensky, "a tecnologia em si não é motivadora. O que a torna motivadora é a forma como ela é usada para melhorar o engajamento e promover a aprendizagem significativa." Portanto, a tecnologia desempenha um papel fundamental no processo de escolarização. É preciso explorar maneiras criativas e inovadoras de utilizar a tecnologia para envolver os alunos, tornar as aulas mais dinâmicas e promover um ambiente de aprendizado colaborativo. Ao incorporar tecnologia de maneira estratégica, é possível estimular o interesse dos alunos e criar situações de práticas didático-pedagógicas em que eles possam sentir motivação, interesse e se engajarem ativamente no processo educacional.É preciso encorajarmos os alunos para que acreditem em seu potencial de aprender e a enfrentar desafios com persistência. Isso cria um ambiente propício para ação, em que os alunos estão motivados a superar obstáculos e alcançar seus objetivos educacionais, bem como a necessidade de adquirirem autoconhecimento, respeito próprio e ao outro, empatia, resiliência, ou seja, desenvolvimento das questões socioemocionais.Segundo Seymour Papert, "Os educadores devem ser facilitadores de aprendizagem, criando um ambiente que estimule a curiosidade e o espírito investigativo dos estudantes." Enquanto imigrantes digitais temos o desafio de explorarmos a cultura digital no dia a dia letivo.

Os educadores têm um papel fundamental na criação de um ambiente de aprendizado. Eles devem agir como facilitadores, promovendo a autonomia e encorajando os alunos a explorarem suas áreas de interesse. Ao criar um espaço de aprendizagem aberto e acolhedor, os educadores podem despertar a curiosidade e o espírito investigativo em seus alunos, incentivando-os a se tornarem protagonistas de seu próprio aprendizado.

Logo após a homologação da Base Nacional Comum Curricular questionei-me sobre os desafios de tal implementação: cultura digital. Foi, então, que nos deparamos com a resposta: um ambiente virtual que fosse efetivamente para a “aprendizagem”. Para isso teria que atender as normativas da Base Nacional Comum Curricular, ou seja, trabalhar todos os campos de experiências, as áreas de conhecimento, as questões socioemocionais, dentre tantas outras temáticas. Isso tudo deveria ser de maneira interativa, divertida e que promovesse o desenvolvimento das habilidades e competências da BNCC.

Ao idealizarmos o que realmente atenderia a esses objetivos buscamos uma parceria com uma plataforma digital que oferecesse um ambiente web e mobile com a oferta de uma gestão da aprendizagem, com diversos itens que englobasse, além da gestão da plataforma, a produção de conteúdos. Que também oferecesse uma sala virtual para os diversos usuários, como professores, alunos, gestores, entre outros. Na empresa IES2 encontramos esta parceria da Aulapp EdTech – Plataforma Digital LMS. Estamos juntos desde o início.

A empresa LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM AVANCE é uma plataforma digital de aprendizagem, que oferece soluções em educação. Atende alunos das redes públicas ou privadas de maneira interativa através de conteúdos, textos, vídeos, áudios, atividades gamificadas, fóruns, chats, ambiente para aulas ao vivo, simulados de acordo as avaliações externas, relatórios de performance pedagógico, área de comunicação entre professores, alunos, pais, área de gestão pedagógica, área de produção de conteúdo, espaço virtual do aluno, vídeos aulas de libras, meditação, alongamento, postura e muito mais. Enfim, um ambiente com possibilidades infinitas de aprendizagem com interatividade e criatividade.

Isso tudo acontece através da construção do perfil de cada usuário, que pode ser aluno, professor, gestor, outros. O perfil de cada um é construído hierarquicamente respeitando-se, primeiramente, uma logística dentro do ano/série em que o aluno ou profissional encontra-se inserido, podendo ser ampliado com todas as opções descritas acima. O perfil de cada usuário é construído de maneira organizacional concomitantemente ao proposto nas competências e habilidades da BNCC. Assim, oferta, todos os campos de experiências da Educação Infantil e todas as áreas de conhecimento do Ensino Fundamental, atendendo, inclusive temáticas das legislações vigentes, como, por exemplo, a cultura e história afro-brasileira, dengue, campeonatos de tabuadas, muito muito mais.

Quando não se “brinca de escolinha”, mas leva a educação a sério, persiste a preocupação com a qualidade da aprendizagem. Considerando o avanço da tecnologia e o acesso a uma vasta quantidade de informações, é fundamental garantir que os alunos estejam realmente aprendendo de forma efetiva, e não apenas memorizando conteúdos.Diversos estudos têm sido realizados para avaliar a qualidade da aprendizagem e identificar possíveis lacunas no processo educacional. Um estudo publicado no periódico "Nature Human Behaviour" em 2018, por exemplo, mostrou que os estudantes estão se dedicando cada vez menos ao estudo e aprofundamento dos conteúdos, preferindo apenas buscar informações superficiais na internet. Isso evidencia a necessidade de repensar as práticas educacionais e desenvolver estratégias que estimulem a aprendizagem significativa.

Outro estudo relevante é o relatório "Educação 2030: Declarando nossas prioridades", publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2018. O relatório destaca a importância de garantir uma educação de qualidade, que desenvolva as habilidades necessárias para a vida e para o mercado de trabalho, como pensamento crítico, criatividade e capacidade de resolver problemas complexos.

A preocupação com a qualidade da aprendizagem também se reflete nas políticas educacionais adotadas pelos governos. No Brasil, por exemplo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi aprovada em 2017 com o objetivo de definir os conhecimentos, competências e habilidades que todos os alunos devem desenvolver ao longo da educação básica. Essa é uma tentativa de garantir que a aprendizagem seja significativa e esteja alinhada com as demandas da sociedade.Estudos e pesquisas têm demonstrado a importância de repensar as práticas educacionais, garantindo que os alunos realmente assimilem os conteúdos e desenvolvam as habilidades necessárias para o seu pleno desenvolvimento. As políticas educacionais e as práticas adotadas pelas instituições de ensino precisam buscar responder a essa preocupação, visando oferecer uma educação de qualidade e relevante para o mundo contemporâneo.

Nossa preocupação é oferecer soluções junto ao processo de escolarização da Educação Básica, para isso: AVANCE – PLATAFORMA DIGITAL DE APRENDIZAGEM.

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REFERÊNCIAS:

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GERMAIN, C. As interações sociais em aulas de uma segunda língua ou de idioma estrangeiro. In: GARNIER, Catherine (org). Após Vygotsky e Piaget: perspectivas social e construtivista escola russa e ocidental. Porto Alegre: Artmed, 1996.

KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003. Série Prática Pedagógica.Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas- SP: Papirus, 2007. Coleção Papirus Educação.LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1993.MORAN, José Manuel. Educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas, SP: Papirus, 2007. Coleção Papirus Educação.Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas-SP: Papirus, 2000. Coleção Papirus Educação.

MORAN, José M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemáticas. In(et al.). Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 10ª ed. Campinas: Papirus, 2006.

PRENSKY, M.: Digital Natives Digital Immigrants. In: PRENSKY, Marc. On the Horizon. NCB University Press, Vol. 9 No. 5, October (2001a). Disponível em . Accesso em 13/Março/2008.

VYGOTSKY, Lev. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. org. por Michel Cole et al. tradução José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

 

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